Ler e Escrever, muito prazer!!!

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terça-feira, 25 de agosto de 2009

Vídeos no site do MEC

"Futricando" para concluir o trabalho do curso de tutoria em EAD encontrei, no site do MEC, um novo cantinho com vídeos: http://portal.mec.gov.br/centraldemidia/seemore.php?load=recent, a Central de Mídias do Ministério da Educação. Lá encontrei dois vídeos bem interessantes, parte do programa Pró-Letramento, que trazem uma conversa com professoras e com Antônio Augusto Gomes Batista, da UFMG, e Artur Gomes de Morais, da UFPE, dentre outros:

O uso do Livro Didático na sala de aula - vídeo 1:

O uso do Livro Didático na sala de aula - vídeo 2:

BOM PROVEITO!!!

Como usar os gêneros para melhorar a leitura e a escrita | Língua Portuguesa | Nova Escola

Todo dia, você acorda de manhã e pega o jornal para saber das últimas novidades enquanto toma café. Em seguida, vai até a caixa de correio e descobre que recebeu folhetos de propaganda e (surpresa!) uma carta de um amigo que está morando em outro país. Depois, vai até a escola e separa livros para planejar uma atividade com seus alunos. No fim do dia, de volta a casa, pega uma coletânea de poemas na estante e lê alguns antes de dormir. Não é de hoje que nossa relação com os textos escritos é assim: eles têm formato próprio, suporte específico, possíveis propósitos de leitura - em outras palavras, têm o que os especialistas chamam de "características sociocomunicativas", definidas pelo conteúdo, a função, o estilo e a composição do material a ser lido. E é essa soma de características que define os diferentes gêneros. Ou seja, se é um texto com função comunicativa, tem um gênero.
http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/generos-como-usar-488395.shtml">Como usar os gêneros para melhorar a leitura e a escrita | Língua Portuguesa | Nova Escola

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É hora de escrever certo

Os especialistas falam

"A aprendizagem da ortografia não é uma tarefa simples que a criança domina com a mera exposição à língua escrita, pois nem sempre o universo de palavras a que ela tem acesso permite abstrair os princípios da norma adequadamente"
Lucia Lins Browne Rego, professora de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal de Pernambuco.

"Assim como não se espera que um indivíduo descubra sozinho as leis de trânsito — outro tipo de convenção social —, não há por que esperar que os alunos das nossas escolas descubram sozinhos a forma correta de grafar as palavras"
Artur Gomes de Morais, professor de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Pernambuco e autor de livros didáticos

"Pesquisas mostram que, no desbravamento do campo da ortografia, as crianças empregam todos os meios que estiverem ao seu alcance para adquirir conhecimento. O professor deve acompanhar de perto esse processo"

Paulo Francisco Slomp, professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul


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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Algumas orientações didáticas relacionadas à aprendizagem da escrita

Vamos detalhar as expectativas relacionadas à aprendizagem da escrita e, assim, apresentar, em linhas gerais, o que deve ser feito em sala de aula. E de forma conjunta ao planejamento do trabalho com a escrita, é possível considerar o trabalho com a análise e a refl exão sobre a língua. Vejamos as orientações:

  • Desenvolver atividades de leitura e de escrita que permitam aos alunos aprender os nomes das letras do alfabeto, a ordem alfabética, a diferença entre a escrita e outras formas gráficas e convenções da escrita (orientação do alinhamento, por exemplo).
  • Apresentar o alfabeto completo, desde o início do ano, e organizar atividades de escrita em que os alunos façam uso de letras móveis.
  • Planejar situações em que os alunos tenham necessidade de fazer uso da ordem alfabética, considerando algumas de suas aplicações sociais.
  • Propor atividades de refl exão sobre o sistema alfabético a partir da escrita de nomes próprios, rótulos de produtos conhecidos e de outros materiais afixados nas paredes (ou murais) da sala, tais como listas, calendários, cantigas, títulos de histórias, de forma que os alunos consigam, guiados pelo contexto, antecipar aquilo que está escrito e refl etir sobre as partes do escrito (quais letras, quantas e em que ordem elas aparecem).
  • Planejar situações em que os alunos sejam solicitados a escrever textos cuja forma não saibam de memória, pois isso permite que você descubra as idéias que orientam suas escritas e, assim, planeje boas intervenções e agrupamentos produtivos.

É inerente ao processo de alfabetização que, simultaneamente à aprendizagem da escrita, os alunos aprendam a linguagem que se escreve. É no momento em que você atua como escritor e revisor de textos, na presença dos alunos, que lhes comunica os comportamentos escritores tão determinantes para a aprendizagem da linguagem que se usa para escrever. Embora separados aqui didaticamente, esses dois conteúdos devem estar contemplados no planejamento, de forma complementar e simultânea, como nas situações abaixo:

  • Propor atividades de leitura para os alunos que não sabem ler convencionalmente, oferecendo-lhes textos conhecidos de memória, como parlendas, adivinhas, quadrinhas, canções, de maneira que a tarefa deles seja descobrir o que está escrito em diferentes trechos do texto, solicitando
  • o ajuste do falado ao que está escrito e o uso do conhecimento que possuem sobre o sistema de escrita.
  • Participar de situações de escrita nas quais os alunos possam, num primeiro momento, utilizar a letra bastão e, assim, construir um modelo regular de representação gráfi ca do alfabeto. Proporcionar-lhes também contato, por meio da leitura, com textos escritos em letras de estilos variados, inclusive com letras minúsculas.
  • Propor situações nas quais os alunos tenham de elaborar oralmente textos cujo registro escrito será realizado por você com o objetivo de auxiliá-los a entender fatos e construir conceitos, procedimentos, valores e atitudes relacionados ao ato de escrever.
  • Planejar situações de produção de texto individuais, coletivas ou em grupos para que os alunos aprendam a planejar, escrever e rever conforme as intenções do texto e do destinatário.
  • Propor momentos em que os alunos se sintam capazes de elaborar várias versões de um mesmo texto para melhorá-lo e, assim, compreender a revisão como parte do processo de produção.
  • Participar de situações de análise de textos impressos (utilizados como referência ou modelo) para conhecer e apreciar a linguagem usada para escrever.
  • Participar de situações de escrita e revisão de textos para que possam aprender a se preocupar com a qualidade de suas produções escritas, no que se refere tanto aos aspectos textuais como à apresentação gráfi ca.
  • Planejar propostas de produção de textos (coletivas, em duplas ou grupos) definindo previamente quem serão os leitores, o propósito e o gênero, de acordo com a situação comunicativa.
  • Planejar situações que levem os alunos a aprender alguns procedimentos de escrita, tais como: prever o conteúdo de um texto antes de escrevê-lo, redigir rascunhos, revisar e cuidar da apresentação do texto, sempre com sua ajuda.
  • Desenvolver projetos didáticos ou seqüências didáticas nas quais os alunos produzam textos com diferentes propósitos e, assim, revisem distintas versões até considerarem o texto bem escrito, cuidando da apresentação final, sempre com sua ajuda.
  • Desenvolver atividades de revisão de textos (coletivas, individuais, em duplas ou grupos) em que os alunos se coloquem na perspectiva do leitor do texto para melhorá-lo (modifi car, substituir partes do texto), sempre com sua ajuda.
  • Programar atividades de análise de textos bem elaborados de autores reconhecidos para que os alunos consigam, com sua ajuda, observar e apreciar como autores mais experientes escrevem (como descrevem um personagem, como resolvem os diálogos, evitam repetições, fazem uso da letra maiúscula, da pontuação...).
  • Propor atividades de escrita (coletivas, em duplas ou grupos) nas quais os alunos tenham de discutir entre si sobre a escrita de algumas palavras (os nomes da turma, os títulos de histórias conhecidas etc.) e, assim, compartilhar suas dúvidas e decidir sobre a escrita dessas palavras, sempre com sua ajuda.
FONTE: São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Ler e escrever: guia de planejamento e orientações didáticas; professor alfabetizador – 1a série / Secretaria da Educação, Fundação para o Desenvolvimento da Educação; adaptação do material original, Claudia Rosenberg Aratangy, Rosalinda Soares Ribeiro de Vasconcelos. - São Paulo: FDE, 2008.

CONCEPÇÃO DE ALFABETIZAÇÃO


O objetivo maior – possibilitar que todos os nossos alunos se tornem leitores e escritores competentes – compromete-nos com a construção de uma escola inclusiva, que promova a aprendizagem dos alunos das camadas mais pobres da população. A condição socioeconômica não pode mais ser encarada pela escola pública como um obstáculo instransponível
que, assim, perversamente reproduz a desigualdade.
É fato que, atualmente, as famílias que compõem a comunidade escolar da rede pública, em sua maioria, não tiveram acesso à cultura escrita. Isso não apenas torna mais complexa a tarefa da escola de ensinar seus filhos a ler e escrever, como também faz dela um dos poucos espaços sociais em que se pode intervir na busca da eqüidade para promover a igualdade de direitos de cidadania. E saber ler e escrever é um direito fundamental do cidadão.
A escola precisa criar o ambiente e propor situações de práticas sociais de uso da escrita às quais os alunos não têm acesso para que possam interagir intensamente com textos dos mais variados gêneros, identifi car e refl etir sobre seus diferentes usos sociais, produzir textos e, assim, construir as capacidades que lhes permitam participar das situações sociais pautadas pela cultura escrita.
Ler e escrever não se resume a juntar letras, nem a decifrar códigos: a língua não é um código – é um complexo sistema que representa uma identidade cultural. É preciso saber ler e escrever para interagir com essa cultura com autonomia, inclusive para modificá-la, do lugar de quem enuncia e não apenas consome.
Ao eleger o que e como ensinar, é fundamental levar em consideração esses fatos, não mais para justifi car fracassos, mas para criar as condições necessárias para garantir a conquista e a consolidação da aprendizagem da leitura e da escrita de todos os nossos alunos.
Assim, este documento parte do pressuposto de que a alfabetização é a aprendizagem do sistema de escrita e da linguagem escrita em seus diversos usos sociais, porque consideramos imprescindível a aprendizagem simultânea dessas duas dimensões.
A língua é um sistema discursivo que se organiza no uso e para o uso, escrito e falado, sempre de maneira contextualizada. No entanto, uma condição básica para ler e escrever com autonomia é a apropriação do sistema de escrita, que envolve, da parte dos alunos, aprendizagens muito específicas. Entre elas o conhecimento do alfabeto, a forma gráfica das letras, seus nomes e seu valor sonoro.
Tanto os saberes sobre o sistema de escrita como aqueles sobre a linguagem escrita devem ser ensinados e sistematizados. Não basta colocar os alunos diante dos textos para que conheçam o sistema de escrita alfabético e seu funcionamento ou para que aprendam a linguagem escrita. É preciso planejar uma diversidade de situações em que possam, em diferentes momentos, centrar seus esforços ora na aprendizagem do sistema, ora na aprendizagem da linguagem que se usa para escrever.
O desenvolvimento da competência de ler e escrever não é um processo que se encerra quando o aluno domina o sistema de escrita. Ele se prolonga por toda a vida, com a crescente possibilidade de participação nas práticas que envolvem a língua escrita, o que se traduz na sua competência de ler e produzir textos dos mais variados gêneros. Quanto mais acesso à cultura escrita, mais possibilidades de construção de conhecimentossobre a língua. Isso explica o fato de as crianças com menos acesso a essa cultura serem aquelas que mais fracassam no início da escolaridade e, como já dissemos, as que mais necessitam de uma escola que ofereça práticas sociais de leitura e escrita.

FONTE: São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Ler e escrever: guia de planejamento e orientações didáticas; professor alfabetizador – 1a série / Secretaria da Educação, Fundação para o Desenvolvimento da Educação; adaptação do material original, Claudia Rosenberg Aratangy, Rosalinda Soares Ribeiro de Vasconcelos. - São Paulo : FDE, 2008. Disponível em http://cenp.edunet.sp.gov.br/index.htm