Ler e Escrever, muito prazer!!!

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segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Algumas orientações didáticas relacionadas à aprendizagem da escrita

Vamos detalhar as expectativas relacionadas à aprendizagem da escrita e, assim, apresentar, em linhas gerais, o que deve ser feito em sala de aula. E de forma conjunta ao planejamento do trabalho com a escrita, é possível considerar o trabalho com a análise e a refl exão sobre a língua. Vejamos as orientações:

  • Desenvolver atividades de leitura e de escrita que permitam aos alunos aprender os nomes das letras do alfabeto, a ordem alfabética, a diferença entre a escrita e outras formas gráficas e convenções da escrita (orientação do alinhamento, por exemplo).
  • Apresentar o alfabeto completo, desde o início do ano, e organizar atividades de escrita em que os alunos façam uso de letras móveis.
  • Planejar situações em que os alunos tenham necessidade de fazer uso da ordem alfabética, considerando algumas de suas aplicações sociais.
  • Propor atividades de refl exão sobre o sistema alfabético a partir da escrita de nomes próprios, rótulos de produtos conhecidos e de outros materiais afixados nas paredes (ou murais) da sala, tais como listas, calendários, cantigas, títulos de histórias, de forma que os alunos consigam, guiados pelo contexto, antecipar aquilo que está escrito e refl etir sobre as partes do escrito (quais letras, quantas e em que ordem elas aparecem).
  • Planejar situações em que os alunos sejam solicitados a escrever textos cuja forma não saibam de memória, pois isso permite que você descubra as idéias que orientam suas escritas e, assim, planeje boas intervenções e agrupamentos produtivos.

É inerente ao processo de alfabetização que, simultaneamente à aprendizagem da escrita, os alunos aprendam a linguagem que se escreve. É no momento em que você atua como escritor e revisor de textos, na presença dos alunos, que lhes comunica os comportamentos escritores tão determinantes para a aprendizagem da linguagem que se usa para escrever. Embora separados aqui didaticamente, esses dois conteúdos devem estar contemplados no planejamento, de forma complementar e simultânea, como nas situações abaixo:

  • Propor atividades de leitura para os alunos que não sabem ler convencionalmente, oferecendo-lhes textos conhecidos de memória, como parlendas, adivinhas, quadrinhas, canções, de maneira que a tarefa deles seja descobrir o que está escrito em diferentes trechos do texto, solicitando
  • o ajuste do falado ao que está escrito e o uso do conhecimento que possuem sobre o sistema de escrita.
  • Participar de situações de escrita nas quais os alunos possam, num primeiro momento, utilizar a letra bastão e, assim, construir um modelo regular de representação gráfi ca do alfabeto. Proporcionar-lhes também contato, por meio da leitura, com textos escritos em letras de estilos variados, inclusive com letras minúsculas.
  • Propor situações nas quais os alunos tenham de elaborar oralmente textos cujo registro escrito será realizado por você com o objetivo de auxiliá-los a entender fatos e construir conceitos, procedimentos, valores e atitudes relacionados ao ato de escrever.
  • Planejar situações de produção de texto individuais, coletivas ou em grupos para que os alunos aprendam a planejar, escrever e rever conforme as intenções do texto e do destinatário.
  • Propor momentos em que os alunos se sintam capazes de elaborar várias versões de um mesmo texto para melhorá-lo e, assim, compreender a revisão como parte do processo de produção.
  • Participar de situações de análise de textos impressos (utilizados como referência ou modelo) para conhecer e apreciar a linguagem usada para escrever.
  • Participar de situações de escrita e revisão de textos para que possam aprender a se preocupar com a qualidade de suas produções escritas, no que se refere tanto aos aspectos textuais como à apresentação gráfi ca.
  • Planejar propostas de produção de textos (coletivas, em duplas ou grupos) definindo previamente quem serão os leitores, o propósito e o gênero, de acordo com a situação comunicativa.
  • Planejar situações que levem os alunos a aprender alguns procedimentos de escrita, tais como: prever o conteúdo de um texto antes de escrevê-lo, redigir rascunhos, revisar e cuidar da apresentação do texto, sempre com sua ajuda.
  • Desenvolver projetos didáticos ou seqüências didáticas nas quais os alunos produzam textos com diferentes propósitos e, assim, revisem distintas versões até considerarem o texto bem escrito, cuidando da apresentação final, sempre com sua ajuda.
  • Desenvolver atividades de revisão de textos (coletivas, individuais, em duplas ou grupos) em que os alunos se coloquem na perspectiva do leitor do texto para melhorá-lo (modifi car, substituir partes do texto), sempre com sua ajuda.
  • Programar atividades de análise de textos bem elaborados de autores reconhecidos para que os alunos consigam, com sua ajuda, observar e apreciar como autores mais experientes escrevem (como descrevem um personagem, como resolvem os diálogos, evitam repetições, fazem uso da letra maiúscula, da pontuação...).
  • Propor atividades de escrita (coletivas, em duplas ou grupos) nas quais os alunos tenham de discutir entre si sobre a escrita de algumas palavras (os nomes da turma, os títulos de histórias conhecidas etc.) e, assim, compartilhar suas dúvidas e decidir sobre a escrita dessas palavras, sempre com sua ajuda.
FONTE: São Paulo (Estado) Secretaria da Educação. Ler e escrever: guia de planejamento e orientações didáticas; professor alfabetizador – 1a série / Secretaria da Educação, Fundação para o Desenvolvimento da Educação; adaptação do material original, Claudia Rosenberg Aratangy, Rosalinda Soares Ribeiro de Vasconcelos. - São Paulo: FDE, 2008.

Um comentário:

  1. Adorei... vale a pena ler algo tão interessante e com tanto conteúdo...
    beijocas

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